A nossa Congregação tem estado comprometida na Ásia desde há muito. No século XVIII o Seminário do Espírito Santo enviou missionários para China, Vietname, Índia, etc. No século XIX, a Congregação enviou sacerdotes e irmãos para lugares que se podem chamar periferias da Índia- para Pondichérry e Chandernagor. Ali estiveram ao serviço de franceses e indianos; Mons. Leroy foi um deles, antes de se dirigir para Kilimanjaro. Ali permanecemos apenas durante 20 anos, até 1888.
Nos anos de 1970, mais uma vez, nos voltámos para a Ásia, considerando tratar-se de um novo desafio missionário. Respondemos ao convite dos bispos paquistaneses em 1977, colocando-nos ao serviço de minorias cristãs e hindus. Depois, em 1997 fomos para as Filipinas, para a ilha de Mindanao, onde aceitámos consagrar-nos, entre outras coisas, ao diálogo inter-religioso entre cristãos e muçulmanos. Fomos, ainda para Taiwan, que nos proporcionou uma abertura ao mundo chinês. Há uns dez anos, entrámos no Vietname; depois, mais recentemente, na Índia. Nestes dois países, circunstâncias particulares para missionários levaram-nos, primeiro, a dedicar-nos a buscar, localmente, vocações para a Vida Espiritana. Esta abordagem claramente, está a dar frutos. Por isso o ano de 2017 rico em aniversários para os Espiritanos na Ásia. Porque será importante deslocar-nos para a Ásia, sendo nós muito mais conhecidos como especialistas na África e na América? Primeiro porque a Ásia é pátria de 60% da população mundial. É região de rápido crescimento, tanto populacional como económico; com os seus desafios missionários, como a desigualdade económica e social, as tensões entre populações com maioria e as minorias étnicas, algo muito importante para nós, missionários; a coexistências de várias religiões e comunidades culturais.
Tudo isto oferece-nos a oportunidade de abordar os temas da justiça e da paz, da harmonia entre as comunidades e o diálogo inter-religioso. Nas nossas comunidades Espiritanas, convivem europeus, americanos, asiáticos, africanos, todos juntos, em si mesmo é testemunho muito importante para levar à Ásia.
Marc Tyrant