Este ano, no final de Março, o Superior Geral tinha solicitado uma audiência papal para comemorar o 175º aniversário da fusão da nossa Congregação, em 1848, e no dia 3 de Maio tivemos a alegria de receber a notícia de que teria lugar na segunda-feira, 8 de Maio, às 11 horas, na Sala do Consistório.
Reunimo-nos no exterior, na Praça de S. Pedro, de frente para a Basílica, junto à fonte do lado direito. Éramos 49 no total: 15 da Casa Geral, 9 confrades que exercem o ministério paroquial em Itália, 13 da comunidade dos confrades que estudam em Notre Dame, 7 confrades visitantes, 2 leigos associados visitantes e 3 pessoas em representação do pessoal da Casa Geral.
Fomos conduzidos por uma série de guias, subindo magníficas escadarias, passando por sumptuosos corredores e salas de recepção adornadas com pinturas e esculturas de valor inestimável, saudados por guardas suíços por onde quer que passássemos, até que finalmente fomos conduzidos à sala de audiências onde fomos convidados a sentar-nos e esperar. A meia hora de espera foi eterna, pois aguardávamos ansiosamente o encontro com o Santo Padre. Finalmente, às 11 horas, como previsto, o Papa, com a sua bengala, entrou suavemente na sala.
O Papa recebeu-nos, representando os nossos 2600 membros em todo o mundo. Esta foi a terceira vez que uma comunidade espiritana teve uma audiência com o Papa. Um rápido olhar sobre os nossos registos parece indicar que a primeira audiência papal para a Congregação (com o Papa Paulo VI, agora santo desde 14 de Outubro de 2018) foi durante a primeira sessão do Capítulo Geral em 11 de Novembro de 1968 e a segunda audiência papal foi durante o 300º aniversário da fundação da Congregação na segunda-feira, 26 de Maio de 2003 (com o Papa João Paulo II, agora santo desde 30 de Setembro de 2013). Antes desta audiência, o Papa João Paulo II tinha também visitado o Seminário Francês a 11 de Janeiro de 1981.
O contraste entre o rico esplendor do que acabávamos de ver e a simplicidade do Papa, na aparência e nos modos, impressionou toda a gente.
O Superior Geral leu uma breve alocução em italiano, em nome de toda a Congregação, que o Papa escutou com atenção. O P. Alain ofereceu-lhe dois livros: James Chukwuma Okoye (ed.), CHARISM & MISSION SINCE VATICAN II, Superior’s General Letters to the Spiritan Congregation, 1968-2020 e Tony Neves, LUSOFONIAS, De Roma para o Mondo, Dedicatoria Ao Papa Francisco, por tudo.
De seguida, o Papa falou-nos do nosso Carisma, da nossa rica história e de como a Providência nos recompensou pela nossa generosa e corajosa docilidade ao Espírito.
Depois da sua alocução, o Santo Padre deu a sua bênção apostólica, não só a nós que tivemos o privilégio de estar presentes, mas também, como foi pedido pelo P. Alain Mayama, aos Espiritanos de todo o mundo – professos, associados e todos os nossos fiéis colaboradores.
De seguida, o Papa apertou a mão a cada um de nós e veio sentar-se entre nós para uma fotografia de grupo.
Por fim, o Papa despediu-se de nós e afastou-se lentamente, como tinha entrado. Era óbvio para todos nós que tínhamos acabado de estar na presença de um homem de imensa sabedoria, coragem e simplicidade.