A presença Espiritana no Paquistão teve início em Dezembro de 1977. De então para cá, 25 Espiritanos de 7 países diferentes têm trabalhado e vivido aqui. Confrades provenientes da Irlanda, Inglaterra, França, Nigéria, Uganda, Maurício e Madagascar, têm servido a Igreja no Paquistão. Temos trabalhado em duas províncias, Punjab e Sindh, e em duas dioceses, Multan e Hyderabad. Presentemente, trabalhamos na diocese de Hyderabad, província de Sindh e na cidade de Mirkpur Khas. Neste momento os espiritanos são 3. A partir de 3 de Outubro receberemos reforço; em Novembro e nos meses a seguir, o grupo crescerá novamente. Incluindo as novas nomeações, a Irlanda, a Uganda, Madagascar e a França estarão representadas no Grupo.
Penso que a experiência da internacionalidade tem sido muito positiva. É uma bênção ter na comunidade vários países e continentes misturados. Os choques que têm acontecido devem-se a choques de personalidades, e à diversidade na abordagem ao trabalho. Tem prevalecido o esforço para nos suportarmos uns aos outros, a nível pessoal, no desempenhou dos nossos compromissos. Um ponto fraco é o facto de alguns confrades terem avançado individualmente nos caminhos da espiritualidade, enquanto o grupo como tal, não tenha sido tão bom, de maneira consciente.
Desde há muito tenho dito que é fácil ser espiritano no Paquistão. Nos três locais onde temos trabalhado encontramos, todos os dias, pessoas marginalizadas social, económica e religiosamente. Temos vivido e trabalhado com cristãos Bhils e punjabs ao longo de 40 anos. Cada confrade e todos sem exceção têm demonstrado grande compromisso, amor e carinho para com as pessoas.
A Igreja no Paquistão têm sido classificada como Igreja da sobrevivência. Eu sei, por experiência, o que significa ser parte de uma minoria que luta por sobreviver. Sentir as suas penas e alegrias é uma bênção evangélica para nós. Todos os confrades têm contribuído em elevado grau para o desenvolvimento das bases nos três locais onde temos trabalhado.
Grande parte do nosso trabalho tem-se concentrado na edificação de comunidades de fé, na catequese, na promoção da saúde, no desenvolvimento de cooperativas, na educação e workshops como molas para iniciativas. Alguns confrades além do trabalho, a nível local, têm contribuído para a vida da Igreja a nível nacional. Refiro-me em particular aos escritos de John O’Brien, cujo contributo é único e muito necessário, que irá resistir ao teste do tempo.
Um aspeto notável da nossa vida e trabalho tem sido a nossa colaboração com leigos e religiosos. Partilhamos com eles o nosso compromisso comum como povo.
Neste momento, na nossa comunidade há um sacerdote paquistanês. Vivemos e trabalhamos juntos. A experiência parece muito positiva.
Sobre o futuro não existem planos ambiciosos; o nosso objetivo é continuar a acompanhar os nossos cristãos Bhils e Punjab. Os confrades mais jovens aceitam este desafio e eles hão- de delinear o futuro. Têm dado provas de grande carinho para com as pessoas, fé e bom senso.
Jim O’Connell
Foto: John O’Brien celebra Missa durante o Capítulo Geral de 2004, na Torre d’Aguilha.